Luna assistindo a uma cena empolgante de perseguição, olhar atento na tela cara de preocupação. Logo se transforma. Corre, corre. A mocinha do lado de cá, fica altiva e diz para personagem principal:
– Vai lá, você consegue, você é menina…você é forte!
Confesso que até me emocionei. Fight like a girl é uma idéia para empoderar o feminino. Digo tanto disso pra ela que uma hora internaliza e se torna verdade maior. Confiança em si e auto-estima é uma arma contra muitas dificuldades que uma criança vai vivenciar. E ser menina tem suas particularidades. Por aí poderão dizer o que muito ouvi sobre limitações: ‘menina não poder fazer tais coisas, não ser legal dizer o que pensa, ser bom vestir assim ou assado…’ E assim criamos uma nova geração de mulheres.
Não precisamos educar meninas como bonecas, pois elas vão entender que precisam sempre de aprovação externa, que o externo importa muito. Elas podem ser lindas de muitas maneiras. Mostrar que o natural também é belo é um bom começo para reduzir tanta artificialização e busca por alterações mais tarde.
Princezices, pequenas consumidoras, objetos e vítimas do seu próprio ego. Melhor humanizá-las sem subestimar sua força, transformá-las em sujeitos de suas vidas. Não é a escola, nem a Disney, nem a vida que irão ensinar nossas filhas a serem críticas e saberem se informar para melhor escolher. É o que ela ouve e vê dentro de casa que desde cedo a ajudará a perceber o sagrado poder de ser dona do seu nariz e de suas vontades.
Sem submissão, sem o desejo de querer agradar a ninguém e sem a culpa de decepcionar velhas normas, é que nossas meninas irão talhar seu futuro. E será tão belo e brilhante tanto quanto for sua fé em si mesma.
Mãe, será que a Luna já está pronta para ler “Meninas boazinhas vão para o céu, as más vão à luta*”?
Ps1- * Livro best seller na Alemanhna, de Ute Ehrhardt, trata do poder feminino.
Ps2- Boa sexta! Por aqui…nasce um dia de verão. Enfim, amém!
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